Oito anos de agonia na Terceirinha cearense estão próximos do fim. Tudo bem que na Segunda Divisão nem tudo são maravilhas também, mas é apenas um degrau a menos para alcançar a elite do futebol cearense. O América tenta se apegar a sua tradição para passar pelos próximos jogos da fase final e avançar à Segundinha, com a lembrança dos bons tempos que nunca mais voltaram.
A equipe já foi campeã cearense em 1935 e em 1966 e vice-campeã outras quatro vezes (1923, 1934, 1948 e 1954). Na extinta Taça Brasil, colocava 40 mil pessoas no Estádio Presidente Vargas tranquilamente, como foi na eliminação para o Náutico-PE. Hoje, o público tem média de 6 pessoas por jogo.
Não por acaso, era tida como uma das equipes mais fortes do Estado, Ceará e Fortaleza. Desde 1997, entretanto, sucumbiu às dificuldades das divisões de parelha com o sofrimento do Campeonato Cearense. Falta de torcida, recurso, estrutura...
Foi rebaixado para a Segunda Divisão, onde permaneceu por sete anos, até cair para Terceira, em 2004. De 2005 para cá, o América viveu alimentado apenas pelo nome e pelo sonho de ainda voltar a ser o que foi.
A equipe disputa as semifinais da Terceirinha com o Nova Russas. No primeiro jogo, os times empataram em 2 a 2, no Estádio Moraizão. A segunda partida será domingo (11), às 15h30m (horário local) no Estádio do Junco, com a vantagem do empate para o Nova Russas, por causa do resultado conquistado fora de casa. O clube que se classificar para a final estará automaticamente na Série B do Estadual de 2013.
O América tem o artilheiro da competição, Jackson, junto com Juranilson, do Iguatu. Ambos marcaram 10 gols no campeonato. Em 10 jogos da primeira e da segunda fase, o time venceu seis jogos, perdeu três e empatou um; marcou 24 gols e sofreu 11.